12 de janeiro de 2009

Longe dos milhões, Timão completa um mês sob 'efeito Ronaldo'

Diretoria do Corinthians e empresa do craque ainda não conseguiram fechar patrocínios. Clube segue sem previsão para estreia do atacante
Carlos Augusto Ferrari e Leandro Canônico Direto de Itu, SP
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Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM
Ronaldo segue sem saber quando poderá jogar
O toque da tradicional sirene no Parque São Jorge, no dia 12 de dezembro de 2008, anunciou o começo de uma nova era no Corinthians. Afinal, a chegada de Ronaldo fez a já enorme visibilidade do clube aumentar ainda mais. Exatamente um mês depois de apresentar oficialmente o reforço que o presidente Andrés Sanches chegou a considerar impossível, o Timão segue sem uma previsão de quando poderá escalá-lo, sem contratos milionários de patrocínio e com sua rotina totalmente alterada. Apesar de o Fenômeno estar mais magro, ele continua fora de forma para um jogador de futebol profissional. Com uma carga pesada de treinamentos físicos, o camisa 9 luta contra a balança para poder fazer sua estreia, mas o departamento médico e também a comissão técnica ainda não divulgam uma previsão de quando isso deverá acontecer. O técnico Mano Menezes lidera o discurso cauteloso. - As coisas estão absolutamente dentro do tempo certo. Desde o começo do Ronaldo aqui, nós estabelecemos o planejamento do seu retorno. Não vamos apressar nada. Ele sabe disso e a evolução que ele tem mostrado nesses primeiros dias é algo extremamente positivo, mas ainda temos um longo caminho - falou o treinador. Bem pior do que a indefinição sobre o dia em que Ronaldo vai entrar em campo oficialmente é ainda estar sem patrocínio, seja o que o clube está negociando (o principal da camisa) ou o que a empresa do camisa 9 tem procurado (do calção e das mangas). O contrato com a antiga parceira, a Media Saúde, terminou em 20 de dezembro, mas a empresa segue até agora estampando os uniformes da equipe.

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A operador de planos de saúde tinha um acordo com o Corinthians de R$ 16,5 milhões. Por confiar na valorização da marca alvinegra no calvário da Série B e também pelo potencial da imagem de Ronaldo, a direção de marketing do Timão espera conseguir um novo contrato de pelo menos R$ 20 milhões ano, isso somente na marca que ficaria como majoritária no uniforme. A justificativa para a demora nessa negociação é a crise financeira mundial. - Estamos lutando para encontrar um patrocinador à altura do Corinthians, mas está complicado por causa da crise - falou Luís Paulo Rosenberg, diretor de marketing. Alguns nomes já circularam nos bastidores do Parque São Jorge. Banco, companhia aérea, empresas do ramo alimentício... mas nenhuma das negociações foi adiante. A maioria delas, aliás, ficou apenas nas especulações. Essa situação preocupa a direção alvinegra, tanto que o discurso da cúpula corintiana é pedindo paciência. Qualquer que seja a empresa que estampar os uniformes do Corinthians terá uma exposição gigantesca, principalmente com Ronaldo. A presença do craque no clube mudou tanto a rotina que quase todos os dias tem fotógrafos e câmeras com a missão de acompanhar os movimentos do craque. Em todos os meios de comunicação nesse último mês, o atacante foi assunto todos os dias. No próximo dia 17, no amistoso contra o Estudiantes, no Pacaembu, Ronaldo deve aparecer para a torcida, mas não jogará, o que era a intenção inicial do marketing do clube. Objetivo esse que perdeu força após negativas do técnico Mano Menezes e também da análise do preparador físico Flávio de Oliveira.

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