17 de agosto de 2014

Mais uma vez o processo eleitoral do Vasco ganhou um capítulo na Justiça. Neste domingo, a chapa "Sempre Vasco", do candidato Julio Brant, conseguiu uma liminar no plantão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para anular a decisão do Conselho Deliberativo, que na quarta-feira passada votou contra a extensão do mandato de Roberto Dinamite e elegeu quatro interventores para comandar o clube até o pleito do dia 11 de novembro.
Desta forma, o presidente não terá mais que deixar o Cruz-Maltino nesta segunda-feira, já que pela decisão do desembargador Fábio Dutra o mandato segue estendido até o dia 11 de novembro, conforme havia decidido o presidente do Conselho Deliberativo, Abílio Borges, antes da votação no Conselho.
"Defiro parcialmente a tutela antecipada pleiteada tão somente para que seja mantida a resolução que prorrogou os mandatos, como originalmente decidido pelo presidente do conselho deliberativo, até que estes autos sejam encaminhados ao ilustre relator do processo", diz parte da decisão do desembargador.
O mesmo vale para todos os vices da atual gestão, os 150 membros eleitos do Conselho Deliberativo, o Conselho Fiscal e o presidente da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho, que renunciou ao cargo na quarta. Os quatro interventores (Alcides Martins, Eduardo Rebuzzi, Jorge Luiz das Neves e Silvio Godoi), por enquanto, não assumirão mais o clube.
Entre os principais argumentos apresentados em juízo estão a não publicação da convocação da reunião em jornal de grande circulação, o interesse político na nomeação dos interventores e diversas outras quebras estatutárias. A ação foi movida pelo presidente da Cruzada Vascaína, Léo Gonçalves (apoia a chapa Sempre Vasco) e pelo advogado do grupo, Alan Belaciano.
Sendo assim, uma nova reviravolta acontecerá no cenário político do Vasco, que já teve três medidas judiciais alterando a data da eleição - confirmada para 11 de novembro - e agora a liminar anula a decisão do Conselho Deliberativo. A tendência é que os grupos dos candidatos Eurico Miranda e Roberto Monteiro, que fizeram campanha contra a extensão dos mandatos e indicaram os interventores, entrem na Justiça ainda nesta semana.

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